terça-feira, 29 de setembro de 2009

História do Círio de Nazaré

Em outubro de 1700, no Pará, um caboclo descendente de portugueses chamado Plácido encontrou, entre pedras lodosas e bastante deteriorada, uma pequena estátua de Nossa Senhora, semelhante a imagem que já existia em Portugal e era venerada numa vila chamada Nazaré. Plácido levou a imagem para casa, onde improvisou um altar e chamou os amigos para rezar. No dia seguinte, a imagem retornou inexplicavelmente ao lugar do achado por diversas ocasiões até que, interpretando o fato como um sinal divino, o caboclo decidiu erguer às próprias custas uma pequena ermida no local.


A devoção atraiu a atenção dos habitantes da região, que também passaram a render homenagem a Nossa Senhora de Nazaré. A ermida passou a ser uma capela e é hoje o Altar-mor da Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, que foi construída através de doações. A corda foi incorporada à celebração em 1868, originalmente substituía a junta de bois que até então puxava a berlinda da imagem. E era necessária para puxar o carro que atolava em função da chuva, na época em que as ruas não eram asfaltadas. Posteriormente, passou a ser utilizada para separar a berlinda e o carro dos milagres da multidão que a acompanha.

No ano de 2005, a direção do Círio, modificou o formato da corda. Ao invés de contornar a berlinda como normalmente era feito, a corda, que tem em média 400 metros de comprimento, veio na forma de um rosário, na tentativa de que não ocorressem atrasos no traslado. Segundo os devotos, a corda sustenta a fé dos paraenses na padroeira e tem um significado afetivo semelhante ao do cordão umbilical que liga mãe e filho. Quem consegue tocá-la sente a fé em Cristo ser renovada.

2 comentários:

  1. Matéria bem resumida que mostra a competência de quem elaborou... Parabéns

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  2. Cirio de Nazaré , a festa da Ranha da Amazônia, agora nos estados do Brasil..
    o Rio de Janeiro recebeu a mãe do Cristo Redentor, com muita emoção e fé..

    parabéns pela matéria.

    fabio pinheiro

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